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Nos últimos 50 anos, o Brasil fez alterações em sua matriz energética. Não só modificou suas fontes, mas acabou apostando naquelas com origem renováveis. Essa mudança não foi por acaso: acabou sendo resultado de investimentos que seguiram estratégias de longo prazo, concentrada principalmente, na construção de usinas hidrelétricas. O Brasil tem 43% do seu mix energético gerado por fontes renováveis, enquanto o resto do mundo ainda se encontra dependente do petróleo e carvão, enquanto a média global é de 16%, o Brasil dispara na frente com essa ideia brilhante em usar fontes renováveis. Enquanto o restante do planeta tenta correr atrás do prejuízo, o Brasil está bem colocado para liderar esse novo cenário, para reduzir as emissões de gases poluentes, e encontrar substitutos para a queima de combustíveis e as fontes de eletricidade fósseis acabou mostrando ser o caminho mais rápido. O esforço continua forte, seguindo uma estratégia de longo prazo, desde 2016, traçado pela Política Nacional de Biocombustíveis, o que significa políticas públicas de incentivo ao aumento do uso de combustíveis renováveis. “O RenovaBio, veio para expandir a produção de biocombustíveis no Brasil, afim de reduzir as emissões de gases do efeito estufa provocados pelos combustíveis fósseis, que irão ser substituídos. RESÍDUOS ÚTEIS A JBS, segunda maior indústria de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, acabou desenvolvendo uma série de ações na direção não só para aumentar o uso da biomassa para produzir biocombustíveis, mas também revolucionar a forma de criar esses produtos. A empresa faz a produção do biodiesel feito através de resíduos orgânicos da sua linha de produção e de óleo de cozinha que coleta em mais de 40 cidades brasileiras, em pequenas ações de caráter educativo, como o Programa Óleo Amigo. Assim acaba reaproveitando materiais que tecnicamente não teriam mais utilidade e ao mesmo tempo acaba reduzindo a necessidade de matéria-prima. Se levarmos em consideração que a cada litro de óleo de fritura usada pode poluir até 20.000 litros de água potável, o volume retirado pela JBS já contribuiu para evitar a contaminação de mais 270 bilhões de litros de água. Matéria: Natalia Garcia. Fonte: Veja. Imagem: Google.