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Um morador do Rio de Janeiro, por exemplo, consome, em média, 254 litros diariamente, sendo que a recomendação da OMS é de 110 litros para atender às necessidades de consumo e higiene. Os dados por estado são do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, do Ministério das Cidades. Quase metade da água no Estado se perde por causa de tubulações com problemas. Devido à infraestrutura precária nos encanamentos e ao desperdício, quem vive em morros fica prejudicado. E, se tratando de um recurso finito, quando uns consomem demais, falta para outros. Enquanto no estado fluminense o consumo é exagerado, em Alagoas falta água. Um morador alagoano gasta, em média, 98 litros por dia. O coordenador no estado da Articulação Semiárido Brasileiro, Manoel Euclides dos Santos, explica que a região enfrenta há muitos anos a estiagem e que a pouca água que tem é contaminada e mal distribuída. A qualidade e a distribuição dos recursos hídricos são apontados como desafios pela Agência Nacional de Águas. E o órgão chama ainda mais atenção para o uso racional, porque, de acordo com o Atlas do Abastecimento Urbano, a demanda do país, em média, será de 630 mil litros de água por segundo em 2025, um aumento de quase 10% ao registrado em 2015. De acordo com o professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo Pedro Roberto Jacobi, a solução para evitar o desperdício é melhorar a infraestrutura, trocando tubulações e evitando vazamentos, e principalmente conscientizando a população. De acordo com a Agência Nacional de Águas, em regiões metropolitanas o desafio do abastecimento é ainda maior, porque geralmente os sistemas hídricos abastecem várias cidades de forma simultânea e interligada. Dessa maneira, a recomendação da Agência para as companhias estaduais é planejar e investir em infraestrutura hídrica. Matéria: Danyele Soares Fonte: Página Radio agência Nacional Imagem: Google -Eco Sustentável